Capacidade de ter a bola, sem medo

O Benfica B está de volta às contas da Liga 2. O regresso, 22 dias depois, faz-se com uma visita à U. Leiria, para a 12.ª jornada, aprazada para as 15h30 deste domingo, 30 de novembro. Um duelo em que Nélson Veríssimo espera "intranquilizar" os da casa.

Antes de abordar a partida do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, o técnico, em declarações à BTV no Benfica Campus, não pôde deixar de se regozijar com a proeza que Portugal registou no Campeonato do Mundo Sub-17 no Catar, particularmente com tantos atletas made in Benfica.

"Muito satisfeito por aquilo que eles alcançaram, acho que é um marco que os vai acompanhar para o resto da vida deles. Mas, acima de tudo, é obviamente uma grande satisfação por um feito que marca o futebol português, marca também o futebol benfiquista, pelo número de jogadores que tivemos representados neste Mundial e pelos 9 que alcançaram o título mundial", salientou Nélson Veríssimo.

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No que toca ao encontro da 12.ª jornada da Liga 2, as dificuldades surgem antes mesmo de se olhar para um adversário do topo da tabela e para a condição de visitante. Advêm do facto de o desafio acontecer 22 dias depois do antecedente nesta prova.

"O último jogo que nós fizemos foi há 3 semanas, aliás, na mesma lógica do que aconteceu em setembro e em outubro. É sempre um momento delicado, porque há muita dispersão daquilo que são os jogadores, muitos jogadores, o que é bom sinal, e acabo a repetir-me um bocadinho neste reinício pós-seleções, porque temos muitos jogadores envolvidos nas seleções, os jogadores regressam, depois acabam por ter a competição da Youth League, e acabamos por juntar os jogadores a 2 dias do jogo, nesta circunstância, com a U. Leiria", apontou o míster, antes de particularizar como este aspeto afeta a preparação.

"Acaba por ser um desafio para os jogadores, porque, nessa dispersão, obviamente, contactam com outras realidades, com outros contextos de treino, com outros treinadores, com uma ou outra ideia que acaba por não ser a mesma, é um desafio para os jogadores regressarem e voltarem à base e conseguirem ligar-se; é um desafio para nós enquanto treinadores, um bom desafio, porque acabamos por ter de ser mais meticulosos naquilo que é a preparação e exigência do jogo, naquilo onde nós podemos, digamos, meter o nosso cunho, que será na abordagem estratégica, na abordagem motivacional ao jogo", explicou.

Quanto ao 5.º classificado (com os mesmos pontos que o 4.º), é um candidato à promoção que motiva mais do que amedronta.

"A União de Leiria, na minha opinião, é claramente uma das equipas com valor individual e também com capacidade coletiva para andar pelos lugares cimeiros, para tentar uma subida de divisão. Para nós, acaba por ser benéfico, vejo sempre nestas circunstâncias o copo meio cheio", considerou, passando então à antevisão do que pode acontecer no municipal leiriense.

"É um jogo que nos vai testar, é um jogo que vai exigir da nossa parte uma grande concentração naquilo que é o momento defensivo, mas também vai exigir da nossa parte alguma qualidade naquilo que é a gestão da manutenção da posse de bola, porque estamos à espera de uma União de Leiria, naturalmente, a jogar em casa, que seja mais pressionante, mais agressiva, e isso vai exigir que nós, sob momentos de stress e sob momentos de pressão, tenhamos de ter a capacidade de ter bola e não ter medo de ter essa bola, porque assim vamos intranquilizar a equipa da União de Leiria", perspetivou.

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A terminar, passou uma mensagem de confiança nas capacidades da sua equipa.

"É nossa convicção que vamos continuar a criar oportunidades de golo, e é nossa convicção que, com o tempo, aquela falta de eficácia que nós temos vindo a ter, os jogadores vão acabar por colmatar essa lacuna. Portanto, certamente vai ser um jogo que vai contribuir para aquilo que é o nosso desenvolvimento individual, naquilo que é a perspetiva dos jogadores, e também o nosso crescimento enquanto equipa", concluiu.