Menor acerto na 2.ª metade ditou a diferença

RESUMO DO JOGO

O menor fulgor na 2.ª parte da final da Supertaça ajuda a explicar o desaire da equipa feminina de andebol do Benfica diante do Madeira SAD (18-20), numa partida realizada neste sábado, 21 de dezembro, no Pavilhão do Funchal.

Frente a um rival de valia, habitual adversário direto na luta pelo título, a partida foi equilibrada na fase inicial. As madeirenses estiveram na dianteira por um golo até que, após o empate de Duda (6-6), Ana Bolzan não desperdiçou um contra-ataque, faturando o 7-6, que colocou as águias pela 1.ª vez na frente, aos 9m41s.

Com Matilde Rosa eficiente na baliza encarnada, a equipa insular averbou algumas falhas técnicas, mas o Benfica não conseguiu disparar no marcador. No entanto, nota para o golo de Maria Unjanque a pouco mais de um minuto do final da 1.ª metade, numa altura em que as encarnadas jogavam em inferioridade numérica (12-11).

Foi com este score que as tricampeãs nacionais chegaram ao intervalo.

Com o apoio dos Benfiquistas bem audível, as comandadas de Luís Monteiro tiveram uma boa reentrada e conseguiram uma vantagem de 3 golos (14-11). Só com 5m41s de jogo na 2.ª parte é que o Madeira SAD logrou faturar (14-12).

O golo teve o condão de animar as madeirenses que encetaram um parcial de 0-3 (14-14).

A perder por 15-18, o Benfica apostou no 7x6, mas, com Isabel Góis em tarde/noite de grande acerto na baliza do Madeira SAD, houve dificuldades para marcar.

Na marcação de um livre de sete metros, Ana Silva ainda deu esperança ao Benfica (17-18), mas a exclusão de Maria Unjanque por 2 minutos, na fase final, complicou a tarefa.

Com somente seis golos apontados na 2.ª metade, o Benfica foi penalizado pela falta de eficácia, e não conquistou a Supertaça (18-20).

O Benfica torna a competir no dia 4 de janeiro de 2025, ante o CJ Almeida Garrett. O encontro é referente à 11.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional.

DECLARAÇÕES

Luís Monteiro (treinador do Benfica): "Estivemos sempre muito ansiosos no ataque. Sabíamos que o Madeira SAD ia apresentar uma defesa aberta, preparámos esse aspeto, mas tivemos sempre alguma dificuldade em resolver. Criámos situações de golo claras e não conseguimos concretizar. Apesar de tudo, estávamos a ganhar 12-11 [ao intervalo]. Penso que 20 golos sofridos é absolutamente normal, nós ganhámos por 29-17 em casa [jogo do Campeonato Nacional]; agora sofremos 20, alguns golos de contra-ataque por inoperância do nosso ataque. Marcar 6 golos na 2.ª parte com o volume e qualidade que temos é muito pouco. Até entrámos bem na 2.ª parte, a ganhar por 14-11 e a poder passar para 4 golos de diferença, mas depois, um jogo na casa de uma das equipas torna a tarefa muito complexa. O apoio do público permite mais contacto, mais galvanização, mas foi assim que a federação decidiu. Há variáveis que não posso controlar. Tínhamos de fazer muito melhor no ataque e tinha chegado para ganhar o troféu."