O Glorioso em finais da Taça de Portugal

Neste domingo, 25 de maio, o Benfica disputa a final da Taça de Portugal pela 39.ª vez e almeja a 27.ª conquista da prova. É a 9.ª ocasião em que mede forças com o Sporting no embate derradeiro da prova-rainha, e as águias superiorizaram-se ao rival em 6 das 8 contendas anteriores.

Em 1938/39, época de estreia da prova com a denominação Taça de Portugal, o Benfica foi finalista, mas a sorte sorriu à Académica, que venceu por 3-4. Passado um ano, nova presença benfiquista na final, mas desta feita com o sucesso desejado, derrotando o Belenenses por 3-1 e iniciando uma série de 9 vitórias consecutivas no jogo decisivo.

A senda vitoriosa benfiquista sempre que chegou à final prolongou-se até 1956/57, com o triunfo obtido, por 3-1, frente ao SC Covilhã. Na época seguinte, os encarnados sofreriam um desaire, por 0-1, ante o FC Porto.

Assim, nas primeiras 18 edições da Taça de Portugal, o Benfica celebrou 9 conquistas. Durante esse período, os encarnados estabeleceram o máximo ainda em vigor de triunfos consecutivos, erguendo o troféu em quatro edições seguidas, de 1948/49 a 1952/53 (em 1949/50 não foi realizada devido à organização portuguesa da Taça Latina, cuja edição foi ganha pelas águias, que averbaram assim o seu primeiro troféu oficial internacional).

Nestas 9 conquistas consta a vitória mais expressiva numa final, com o Benfica a golear o Estoril por 8-0 (1943/44). E inclui-se a talvez melhor de sempre: em 1951/52, Benfica e Sporting encontraram-se pela primeira vez no jogo decisivo e os vermelhos e brancos levaram a melhor por 5-4, numa partida com uma segunda parte eletrizante (7 golos), só decidida em cima do apito final por Rogério Carvalho Pipi, ele que é o recordista de golos marcados em finais da prova (15 – curiosamente é "apenas" o 6.º melhor marcador do Benfica na competição, com 51 golos, superado por Eusébio, com 98, José Águas, Nené, Torres e Arsénio).

Em 1958/59, o Benfica derrotou o FC Porto por 1-0. O tento solitário foi da autoria de Cavém e é o mais rápido de sempre em finais da Taça de Portugal (13 segundos de jogo).

Nota ainda para o facto de ambas as equipas se terem apresentado em campo sob as ordens de treinadores interinos. No caso benfiquista foi Valdivieso quem orientou a equipa no hiato entre a saída de Otto Glória e a chegada de Béla Guttmann, que nessa época já servira o FC Porto.

De 1960/61 a 1967/68, o Benfica disputou cinco finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus, mas apenas três da Taça de Portugal, ganhando duas (incluindo um 6-2 ao FC Porto no Estádio Nacional) e perdendo uma. Seguiram-se três conquistas em quatro presenças consecutivas na final (1969, 1970 e 1972).

Três destes embates foram com o Sporting, saldando-se estas contendas em duas vitórias vermelhas e brancas.

Até 1980, o Benfica marcou presença em dois jogos derradeiros, mas sem sucesso. Em 1979/80 foi iniciada uma série bem-sucedida de quatro finais com o FC Porto (1979/80, 1980/81, 1982/83 – esta no Estádio das Antas – e 1984/85). Ainda na década de 1980, os encarnados chegaram à final em mais três ocasiões, vencendo duas delas, em 1986, ao Belenenses em 1987, ao Sporting, e perdendo em 1989 contra o emblema do Restelo.

O triunfo obtido em 1987, por 2-1, frente ao Sporting tratou-se da 21.ª conquista do Benfica na 27.ª final disputada em 47 edições da prova.

Desde então, o palmarés benfiquista na competição é menos recheado, com 11 presenças na final e 5 triunfos alcançados (1993, 1996, 2004, 2014 e 2017). Agora, no domingo, ganhar a 27.ª é o objetivo.