Reação na fase final não foi suficiente

RESUMO DO JOGO

No jogo 3 da final do play-off da Liga Betclic, o Benfica foi penalizado em demasia por um arranque menos conseguido diante do FC Porto, nesta sexta-feira, 13 de junho. Apesar da recuperação na fase final, no Dragão Arena, o desfecho foi desfavorável às águias (82-75), que continuam a um triunfo do tetracampeonato.

Aaron Broussard, Trey Drechsel, Ahmaad Rorie, Makram Ben Romdhane e Nico Carvacho foram os eleitos para o cinco inicial. Já Ivica Radic e Felix Terins ficaram de fora das opções de Norberto Alves, devido ao limite de estrangeiros na composição da equipa.

O início do clássico não correu de feição. Após o primeiro lançamento convertido por Trey Drechsel, o FC Porto mostrou acerto no tiro exterior e colocou-se na dianteira na sequência de 4 triplos consecutivos (12-2).

De imediato, o treinador encarnado solicitou timeout, decorridos 2m37s.

Mais eficiente na defesa e também com muita fortuna em alguns momentos, o FC Porto conseguiu impor-se e distanciou-se. Em 18 lançamentos de campo, o Benfica só marcou 4 pontos, aos quais se juntaram 2 lances livres, o que ajuda a explicar a diferença no final do 1.º quarto (21-6).

No parcial seguinte, os encarnados melhoraram. Com mais agressividade, num clássico que nesta fase tinha um ritmo elevado, o Benfica equilibrou a partida, e Nico Carvacho destacou-se na área pintada.

Aaron Broussard foi o autor do primeiro triplo do Glorioso (25-15), mas algumas tomadas de decisão não permitiram a ambicionada aproximação ao FC Porto. Ao intervalo, o Benfica continuava em desvantagem (40-25).

No 3.º quarto, os tricampeões nacionais tiveram algumas ocasiões para diminuir a diferença, mas, nos momentos em que houve essa possibilidade, aconteceram turnovers ou desarmes de lançamento, inviabilizando outros números no marcador (63-47).

A abrir o derradeiro quarto, Eduardo Francisco revelou-se acutilante, ganhou ressaltos defensivos e, no ataque, conseguiu mesmo afundar (65-56). Faltavam pouco mais de 6 minutos e era possível dar a volta.

A reação do Benfica fez-se sentir, mas a garra evidenciada em campo, com repercussão no score, não foi suficiente para evitar o desaire (82-75).

Depois de vencer os 2 primeiros jogos (95-94) e (89-81), o Glorioso continua em vantagem na final do play-off disputada à melhor de 5. Vencendo o 4.º desafio, agendado para domingo, 15 de junho, às 18h00, no Dragão Arena, as águias sagram-se tetracampeãs nacionais.

DECLARAÇÕES

Norberto Alves (treinador do Benfica): "Entrámos mal, a falhar coisas relativamente fáceis. Aliás, olhando para a estatística do jogo, más percentagens de lances livres, de dois pontos, de três pontos. Não foi um jogo em que estivemos acertados ao nível do lançamento, e penso que isso também nos perturbou um pouco a defender com mais qualidade. Conseguimos reagir, mas nunca fomos consistentes na qualidade dessa reação. No próximo jogo temos de estar melhor nesses aspetos, quer ofensivos, quer defensivos. [Mental e fisicamente, como estará o Benfica para o jogo 4?] Temos de estar bem. Quem quer ser campeão não pode arranjar desculpas, tem de estar bem para vir para aqui com mentalidade, começar melhor o jogo, sem dúvida nenhuma. Andámos muito atrás deles, e não pode acontecer."