Juvenis são tricampeões nacionais!

RESUMO BTV

Tricampeões nacionais! Neste domingo, 15 de junho, os Juvenis do Benfica venceram o FC Porto, por 2-1, no jogo da 18.ª e última jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional, e revalidaram o título (o 22.º do Clube no escalão). Histórico: pela primeira vez na mesma época, Juniores, Juvenis e Iniciados do Benfica conquistaram os respetivos Campeonatos Nacionais.

Concluída a Série Sul da 1.ª fase no 1.º lugar, com 48 pontos, fruto dos 15 triunfos nos 18 jogos disputados, o Benfica deu continuidade à sua caminhada de liderança no apuramento de campeão. À entrada para a derradeira jornada, a 18.ª, as águias ocupavam o topo da tabela classificativa com registo de 14 vitórias em 17 partidas, totalizando 44 pontos, 3 a mais do que o 2.º classificado, o FC Porto (41 pontos). Até aqui, em 35 jogos, os comandados por Pedro Faria apresentavam apenas 1 desaire.

Olhando para os números, um empate seria o necessário para os encarnados erguerem o troféu. Com tudo para decidir neste domingo, 15 de junho, o Campo n.º 1 do Benfica Campus foi palco de um grande clássico, ganho pelos – agora – tricampeões nacionais!

Uma época histórica para o futebol formação do Benfica, que pela 1.ª vez fez o pleno de conquistas, ao vencer os Campeonatos Nacionais de Iniciados, Juvenis e Juniores.

Embora tenham feito várias aproximações à área contrária, só aos 13' os comandados por Pedro Faria fizeram o seu 1.º remate à baliza. Tomás Soares atirou ao lado.

No minuto 17, o Benfica esteve perto do golo, mas, com três defesas consecutivas, a tentativas de Tomás Soares, Gil Neves e Ricardo Fernandes, Francisco Barroso manteve o nulo no marcador. No início do lance, Ricardo Fernandes atirou contra o corpo de João Pinto.

Quatro minutos volvidos (21'), Bernardo Lima, de frente para Leonardo Lopes, atirou por cima da baliza benfiquista.

Seguiram-se duas boas oportunidades para o Benfica (26'). Na 1.ª, Isaac Ferreira rematou para corte de Marco Silva; depois, Tomás Soares apareceu ao 2.º poste, após canto batido por Isaac Ferreira, mas, em posição adiantada, acabou por cabecear para fora.

Foi já em cima do intervalo que chegaram os golos. Marco Silva, com um cabeceamento, inaugurou o marcador aos 44' (0-1). A resposta das águias foi dada de pronto (45'+1'), com um golaço de Tomás Soares: numa reposição de bola executada por José Neto, o avançado recebeu com o peito, soltou-se dos adversários e, fora da área, rematou certeiro para o 1-1, resultado com que se chegou ao tempo de descanso.

A 2.ª metade começou com mais Benfica, que, aos 47', esteve perto de dilatar, não tivesse a bola que saiu do pé de Anísio Cabral esbarrado no poste. Isaac Ferreira, no minuto 51, atirou por cima da baliza azul e branca.

À procura do golo, os encarnados colocaram-se na frente do marcador aos 54'. Tomás Soares executou um livre para defesa incompleta de Francisco Barroso, e, na recarga, José Neto rubricou o 2-1.

Para lá da hora de jogo (63'), Anísio Cabral obrigou o guardião do FC Porto a uma defesa complicada, com o ombro. Esteve quase a ampliar!

Os visitantes, por sua vez, criaram perigo aos 74': frente ao guarda-redes, Tcherno Jamanca rematou por cima da baliza das águias. Cinco minutos volvidos (79'), grande intervenção de Leonardo Lopes, a evitar a tentativa de canto direto do conjunto nortenho.

Os minutos finais foram jogados com grande intensidade, mas o resultado, de 2-1, não se alterou e o Benfica sagrou-se tricampeão nacional, conquistando o 22.º título do Clube no escalão.

DECLARAÇÕES

Pedro Faria (treinador do Benfica): "São 11 meses de trabalho constante. Acho que é difícil de igualar aquilo que nós fazemos, tivemos momentos brilhantes em toda a época e as lágrimas vêm um bocadinho do libertar de toda a adrenalina que estava acumulada neste jogo. Não por mim, porque eu estava tranquilo relativamente ao processo – o processo foi conseguido, eles tinham desenvolvido o que nós queríamos –, mas queria muito que eles colocassem a cereja no topo do bolo para poderem ficar com algo quantitativo. Estou muito feliz por eles. É uma geração fantástica, e percebermos que temos aqui jovens Sub-16, que tiveram uma influência muito grande, alguns nesta fase final, outros mais na 1.ª fase, e ainda percebermos que temos jovens desta geração que foram campeões pelos nossos Juniores, é um sentimento reconfortante. [Pleno de títulos na Formação] É um trabalho fantástico deste clube. São muitos anos a construir um trabalho sólido para que depois possamos ter estas alegrias que foram estes Campeonatos Nacionais todos. É um trabalho que envolve muita gente. Tinha também esta vontade de que eles conseguissem ser felizes para podermos fazer algo inédito no Clube, que é vencer todos os Campeonatos Nacionais [Juniores, Juvenis e Iniciados]. Não esquecer que esta criançada que está aqui fez 36 jogos, tem apenas 1 derrota. Participámos em 2 torneios internacionais, que vencemos. Portanto, tudo o que havia para vencerem, todas as cerejas que tiveram para colocar, colocaram. Estão de parabéns por isso, e também mostra um carácter, um controlo emocional e todos os fatores psicológicos inerentes a isso, fora do comum. Estão de parabéns, são um orgulho muito grande para mim."

Miguel Figueiredo (capitão do Benfica): "Foram 11 meses a trabalhar muito, muito dedicados aos treinos. Por vezes, treinos difíceis, em que alguns jogadores iam para a Seleção e ficávamos 8/9 a treinar, sempre a dar o máximo, a procurar evoluir, sempre no máximo, e este é o resultado. Tricampeões nacionais de Juvenis, campeões nacionais de Sub-15, Sub-17 e Sub-19. É história no Clube e é inexplicável. [Fazer parte da história] No Benfica não há outro modo de andar, é formar e ganhar. É isso que nós procuramos fazer sempre. Todos os dias que nos levantamos, é para sermos melhores do que ontem, e está aqui a prova. [Capitão] É bom liderar a equipa, mas acho que temos mais líderes dentro da equipa, eles também merecem o mérito. Neste caso, estou eu com a braçadeira, mas podia ser qualquer um deles. [Responsabilidade] Para nós, vestir esta camisola é sempre um privilégio. Não encaramos isso como uma pressão, mas sim como um privilégio em termos de dar sempre o nosso melhor. É isso que fazemos, é isso que nos ensinam aqui, e não há outra forma de andar neste clube. Com este símbolo ao peito, é sempre para dar o máximo e melhorar todos os dias."

Isaac Ferreira (subcapitão e médio): "É um sentimento de orgulho, é um sentimento, também, inexplicável. Foi uma batalha muito difícil, mas é como digo, trabalhámos o ano todo para isto, isto foi a cereja no topo do bolo. [Individualmente] Acho que estive muito bem, foi fruto do meu trabalho, mas também tenho de agradecer aos meus colegas, porque foram eles que me ajudaram, dia após dia, a trabalhar e a evoluir, como pessoa e como jogador. É um sentimento de orgulho deste grupo. [Pleno] Para mim significa que estou no melhor clube do mundo, na melhor academia do mundo, e as três equipas, os Iniciados, os Juvenis e os Juniores, ganharem os Campeonatos Nacionais significa que o Benfica e a Formação estão a trabalhar muito bem e têm muitos jovens talentos. [O que representa o Benfica] Eu ao Benfica devo tudo, um 'obrigado' ao Benfica nunca chega, e espero fazer parte deste clube muitos mais anos, até chegar à equipa A, que é o meu grande sonho."

José Neto (defesa): "Realmente, foi um mês inesquecível. É um mês que vou guardar para sempre no meu coração. É um sentimento inexplicável ser campeão da Europa por Portugal e agora ainda finalizar a época a ser campeão nacional pelo Benfica, que é o clube que eu amo. [Balanço] Trabalhámos sempre no nosso máximo, desde o início até ao final, e sabíamos o que queríamos. Começamos a época com o objetivo principal de nos desenvolvermos, mas acabar assim acho que é muito especial e é mérito de toda a gente que trabalhou connosco e dos jogadores que se esforçaram até ao final. [História] Conseguir ir vencendo é muito especial e esta equipa todos os anos vem com o mesmo espírito. Somos sempre unidos, damos tudo até ao final e é isso que acaba por nos fazer conseguir alcançar esses 3 títulos. [Reviravolta no jogo] Quando sofremos o golo, eu tentei puxar pelos meus colegas, tentar levantar-lhes a cabeça, porque ainda tínhamos muito tempo. Confiámos todos uns nos outros, confiamos sempre, e conseguimos fazer logo o golo do empate. Na 2.ª parte conseguimos fazer o 2.º golo e, depois, lá está, estivemos todos juntos até o final, e acabámos por conseguir a vitória."

Ricardo Fernandes (avançado): "É sempre uma emoção muito grande. Na 2.ª parte já estava a jogar com o coração, as pernas já não davam, mas dei tudo até ao último minuto para ganhar. Jogos como este são os que gostamos. [Atitude em campo] Desde o início que somos uma equipa que trabalhou sempre no máximo, damos sempre tudo, quisemos sempre ganhar, buscar sempre. Também sabemos o clube que estamos a representar, damos sempre tudo, e acho que o nosso trabalho veio sempre ao de cima. Mostrámos agora, no final, conseguimos ser campeões. [Título histórico] Fazer história neste clube é um orgulho."