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Futsal Feminino
A perda do Campeonato, na época passada, não abalou os alicerces mentais do plantel feminino de futsal do Benfica. Em entrevista ao programa Protagonista, da BTV, a valorosa e combativa Angélica Alves não renuncia ao estatuto de conjunto mais completo de Portugal.
19 setembro 2025, 11h14
Angélica Alves
Com a imagem de marca atrelada a si, como a combatividade e a energia que entrega ao jogo e à equipa, a jovem jogadora entregou-se ao maior desafio da sua vida, o de recuperar a alegria e a funcionalidade motora. Um ano a ver a equipa jogar e, no final da época, perder, de forma inesperada e traumática, sem poder auxiliar, o Campeonato.
Nas bancadas, sofrendo a dobrar, Angélica Alves sentiu o impacto da desilusão, enquanto partilhou, com as suas colegas, o sentimento de enfrentar uma nova temporada com a convicção de que continuam a ser a melhor equipa portuguesa de futsal feminino.
Nesta edição, Angélica Alves foi a protagonista no programa semanal da BTV.
REGRESSO À COMPETIÇÃO
"Estranhamente, ou não, não senti receio, não pensei na lesão. Pensei apenas que estava de regresso à competição e que, jogasse o tempo que jogasse, teria de ajudar o Benfica a conquistar mais um título. E até foi importante que esse regresso se tenha dado com o Nun’Álvares, porque foi o ideal para testar os meus limites. Depois de um ano a ver a equipa jogar, a sofrer na bancada, estava pronta para voltar a ajudar a minha equipa. Não obtivemos o resultado que mais queríamos, mas demos tudo, e acho que fomos a melhor equipa durante quase todo o jogo. Vacilámos um pouco, de entrada, devido à expulsão da Ana Catarina Pereira, muito injusta, mas depois ajustámos, e considero que fomos a melhor equipa. Devíamos ter vencido a Supertaça. Foi o que tirei desse regresso, a dor de perder um título."
O CARINHO DA LUZ
"O regresso que me tocou mais foi na semana seguinte, no nosso pavilhão, junto dos nossos adeptos. Enquanto estive de fora, reforcei a ligação com os adeptos, porque fui mais uma na bancada, a torcer pelas nossas vitórias. E sempre senti o carinho dos adeptos, fazendo-me sentir muito apreciada. Algo que nunca esquecerei, e, por isso, o meu regresso à competição, no nosso pavilhão, seria sempre diferente. Senti-me uma criança, com aquela vontade de jogar e de me sentir tão próxima das pessoas. Aí, sim, mexeu comigo, não por ter receio de me lesionar de novo, não... pensei nisso, mas... porque estava, de... novo, junto dos meus. Os adeptos são mesmo a nossa força, porque é impossível estarmos sempre a 100%, e são eles que nos vão buscar as forças de que precisamos, nos momentos em que mais sentimos essa necessidade."
"Enquanto estive de fora, reforcei a ligação com os adeptos, porque fui mais uma na bancada, a torcer pelas nossas vitórias. E sempre senti o carinho dos adeptos, fazendo-me sentir muito apreciada"
Angélica Alves
O DIA DA ALTA MÉDICA
"Recebi a alta médica na semana do jogo com o Nun’Álvares, e a primeira coisa que pensei é que estava disponível para jogar a Supertaça, nem que fosse só por 30 segundos. Estava de regresso, e isso deu-me uma confiança muito grande, e podia acrescentar a minha energia e vontade de jogar à equipa. É muito difícil estar de fora, querer ajudar e não poder, por isso, quando recebi a alta médica, sem a qual não poderia voltar, foi uma grande alegria e a sensação de que tinha conseguido superar o momento mais difícil da minha carreira. Preparei-me mentalmente, porque fisicamente sempre confiei no trabalho que estavam a fazer comigo, mesmo quando eu pensava que, se treinasse mais, fizesse mais sessões de fisioterapia, iria regressar mais cedo. Mas as pessoas que cuidaram de mim fizeram-me ver que não era assim que iria recuperar mais depressa. Convenci- -me de que as coisas teriam de ser feitas de acordo com os protocolos médicos e de recuperação, e correu tudo muito bem."
CORRIDA SOLITÁRIA
"No Benfica, temos a sorte de ter quem cuide de nós. As minhas colegas, os treinadores, a estrutura. Esse suporte funciona muito bem no Clube. E, nas condições que temos para recuperar, temos pessoas inexcedíveis, e sentimos que a parte física da nossa recuperação está muito bem entregue e confiamos. Fui muito acarinhada, houve muitas pessoas que me apoiaram. Mas, no final do dia, sou eu e a minha lesão. É da parte mental que precisamos de cuidar, e, desse ponto de vista, é uma corrida muito solitária. Pensamos no que pode correr mal, se voltaremos ao mesmo nível de antes da lesão, e há muitos momentos de incerteza e angústia. E, por muito apoio que nos deem, são momentos que temos de superar sozinhos. Sinto que a recuperação fez de mim uma pessoa diferente. Mantenho a resiliência, a minha combatividade, e isso foi importante na recuperação. Mas sou, também, uma pessoa mais paciente, e isso desenvolvi durante o meu processo de recuperação."
O MOMENTO DA LESÃO
"Já vi as imagens, várias vezes, do momento em que me lesionei. Agora posso ver, que não me afeta, porque estou recuperada e não penso muito na lesão, nem na possibilidade de me lesionar outra vez. Mas, quando via as imagens, pensava que fazia aquela rotação 30 vezes por treino, 40 vezes por jogo, e, daquela vez, nem fiz o movimento com muita intensidade. Mas apercebi-me logo de que a lesão era grave, por causa das dores. Não as consigo descrever, porque são muito intensas, muito agudas. As pessoas dizem-me que é uma das características da lesão, dores intensas. Depois, pensei sempre em recuperar o mais depressa possível, mas fui convencida a fazer as coisas com calma, para regressar no meu melhor e sem receios."
"Queremos ganhar o Campeonato, queremos ir atrás daquilo que consideramos que é nosso. Temos jogadoras de muita qualidade, um plantel incrível, que nos permite rodar o quarteto sem quebras de rendimento, e várias jogadoras jovens que têm muito talento"
A PERDA DO CAMPEONATO
"Para mim, foi um sofrimento duplo, porque senti que poderia estar a ajudar a equipa e não consegui. Estamos de fora e pensamos sempre que podemos ajudar, nesta ou naquela jogada, e isso torna as coisas mais difíceis. Mas perder o Campeonato, naquelas condições, foi muito duro. Ganhámos as competições todas e, inesperadamente, frente ao Atlético, não conseguimos marcar um golo nos dois jogos. Há explicações para isso, foi um ano com muitas lesões, chegámos a ter apenas cinco jogadoras para treinar, e isso obrigou-nos a tentar inovar, porque nos faltavam jogadoras importantes. Isso pode ter influenciado, não explica tudo, mas a verdade é que, naquele momento, não conseguimos marcar um golo nos dois jogos. Foi um abalo muito grande para nós, mas posso garantir que, logo a seguir, focámo-nos em reagir e em desejar que a próxima temporada viesse depressa, para voltarmos aos títulos e às conquistas."
MELHOR EQUIPA
"Penso que continuamos a ser a mesma equipa, a melhor equipa em Portugal, a mais completa. Isso não mudou, e acreditamos que vamos voltar a demonstrar isso. Temos as nossas três capitãs, que são um exemplo para nós, temos um conjunto de jogadoras que não desaprenderam de jogar, mas também é verdade que o Campeonato está mais competitivo, e os jogos, mais difíceis. E isso é bom, porque nos dá mais pica e aumenta a exigência em cada jogo. Mas queremos ganhar o Campeonato, queremos ir atrás daquilo que consideramos que é nosso. Temos jogadoras de muita qualidade, um plantel incrível, que nos permite rodar o quarteto sem quebras de rendimento, e várias jogadoras jovens que têm muito talento, que são parte integrante do plantel e estão a passar pelo mesmo processo que quase todas nós passámos nas nossas carreiras. Estou no meu 5.º ano no Benfica, e sinto que tenho algo a dizer às jogadoras mais novas, e que elas acatam como o exemplo de alguém que já passou pelo mesmo processo. O treinador está a trazer coisas novas. Na final da Supertaça, surpreendemos o Nun’Álvares com uma defesa à zona, e isso criou-lhes dificuldades na primeira linha. São coisas que estamos a aportar à equipa e que a vão tornar mais completa."
Artigo publicado na edição de 19 de setembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 19 de setembro de 2025