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Futebol
25 outubro 2025, 22h31
José Mourinho
Na ótica do treinador encarnado, "desde o primeiro minuto se percebeu" que o Benfica ia ganhar e que ia "ganhar bem", realçando a maneira rápida como as águias sararam "a ferida de Newcastle".
"A atitude foi boa. Trabalhámos bem nos últimos dias, preparámos bem o jogo. Entrámos estrategicamente bem, fortes, pressionámos, roubámos a bola alto. Não demos hipótese de jogar ao adversário. Fomos ambiciosos no sentido de que 1 golo não era suficiente, 2 golos não eram suficientes, 3 golos não eram suficientes. Até termos a energia para ter os ritmos altos, a equipa não deu hipótese ao Arouca, que é uma boa equipa, que joga bem, mas nós fomos demasiado fortes para eles", avaliou José Mourinho, em entrevista rápida, à BTV.
Sobre a titularidade e as missões de Tomás Araújo – ao lado de Otamendi – e de Prestianni – no lado esquerdo do ataque –, o treinador destacou a boa exibição de ambos.
"Os centrais, é fácil. Temos 3 centrais fantásticos, o Tomás [Araújo], o António [Silva] e, obviamente, a experiência e a classe do Nico [Otamendi] – para não dizer 4, ou 5, ou 6, porque na Formação há o 4.º, há o 5.º, há o 6.º, há gente boa naquela posição. Temos 3 bons homens, e depois também temos 2/3/4 miúdos muito bons. O Tomás jogou pouco para a qualidade que tem. Nos meus primeiros 7 jogos, jogou 2. O António jogou 7, todos os minutos de 7 [jogos]. É pouco para o Tomás. Dei-lhe esta boa oportunidade para ele jogar, e esteve verdadeiramente top. O Luca [Prestianni]... Pedimos esta irreverência, pedimos esta coragem no assumir o jogo, de ir para cima, 1 contra 1, procurar o adversário, sendo perna direita a vir para dentro e a abrir espaços para o Dahl entrar por fora. Enquanto teve energia e não teve amarelo, acho que ele esteve bem no jogo. Quem joga como ele joga tem de perder bolas, e por isso não é um problema. Ter alas que nunca perdem bolas são alas que não assumem os riscos, não assumem 1 contra 1, é isso que nós lhe pedimos, acho que ele também teve um bom jogo", explicou o treinador benfiquista.
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Num dia "histórico" e "fantástico" para o universo benfiquista, com o recorde mundial de participantes numa Assembleia Geral Eleitoral, José Mourinho considerou que os Benfiquistas, à sua imagem, "votaram Benfica".
"Vale o que vale, mas estamos a falar dos maiores clubes do mundo: Real Madrid, Barcelona, os gigantes argentinos... O Benfica não ganhou, o Benfica goleou. Acho que toda a gente fez aquilo que eu também fiz, que foi votar Benfica, e foi um dia absolutamente fantástico. Depois a Equipa B vai ganhar à Feira [0-2], que é sempre um jogo difícil, e agradeço também aos meus jogadores que foram ajudar a Equipa B. Eu vi o jogo, foram quatro jogadores que foram lá e que foram ajudar, foram com bom espírito, espírito do Benfica. É uma equipa superjovem, que, obviamente, vai sofrer durante o Campeonato, mas os nossos quatro foram lá e deram-nos uma força para sacarmos aqueles 3 pontos. Depois éramos nós para fechar um grande dia, digamos em festa. Festa por nós, eram 3 pontos e, se possível, jogando bem e, se possível, marcando golos. Obviamente, é um dia para o benfiquismo recordar", elogiou o timoneiro encarnado.
Já na conferência de imprensa, José Mourinho catalogou a vitória como "bem conseguida", mas sem ser mais do que isso: "Não me faz estar a festejar nada mais do que um bom jogo e 3 pontos, mas foi um bom jogo nosso e foram 3 pontos bem conseguidos."
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UMA VITÓRIA BEM CONSEGUIDA
"Acho que é uma vitória que se sentiu desde o primeiro minuto, eu pelo menos senti. A equipa entrou forte. Um adversário que joga bem não conseguiu jogar. Recuperámos muitas bolas no meio-campo adversário. Eles tiveram um remate à baliza, que foi uma perda de bola do Sudakov numa zona de construção, mas dominámos o jogo em todas as vertentes. Os jogadores tiveram ambição: depois do primeiro, quiseram fazer o segundo; depois do segundo, quiseram fazer o terceiro; com 3-0 ao intervalo, quiseram fazer o quarto. Acho que é uma vitória bem conseguida, que não me faz estar a festejar nada mais do que um bom jogo e 3 pontos, mas foi um bom jogo nosso e foram 3 pontos bem conseguidos."
O JOGO PERFEITINHO DE PRESTIANNI
"Acho que [Prestianni] fez um bom desempenho, fez aquilo que lhe foi pedido. Alas que não perdem nunca a bola são os alas que não atacam adversários, são os alas que não procuram situações de desequilíbrio. Obviamente que um jogador como ele perde bolas, mas também é um jogador que cria muitos problemas aos adversários e que dá grande instabilidade à organização defensiva do adversário. E o motivo pelo qual eu o fiz jogar é exatamente porque sei que a sua personalidade é uma personalidade de arriscar, de não ter grande responsabilidade, não tem aquele grande sentido de responsabilidade, é um bocadinho irresponsável no bom sentido, arrisca, não tem medo. Depois da derrota da passada terça-feira [Newcastle], achei que precisava também de um jogador deste tipo, que pudesse também ter este tipo de qualidade. Obviamente que o Mundial, nós sabíamos que, ao deixá-lo ir, podia funcionar bem ou mal, funcionou bem, jogou, veio com ritmo de jogo, veio com níveis de confiança altos. Até sob o ponto de vista físico, é um jogador que dificilmente dura 90 minutos pela maneira como ele joga, mas acho que fez um jogo perfeitinho, depois levou o amarelo no momento exato em que eu o ia tirar, foi mais uma razão também para ele sair, mas estou contente com o desempenho dele."
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UM RECORDE DO MUNDO POR GOLEADA
"[Pela estabilidade da equipa, prefere que as eleições fiquem já decididas, ou não se importa de uma segunda volta?] Não, eu nem prefiro, nem deixo de preferir e, mesmo que preferisse, não podia alterar alguma coisa. Agora, o dia é um dia verdadeiramente fantástico. É um recorde do mundo, mas é um recorde do mundo por goleada, que demonstra todas as qualidades sociais deste clube. Acho que os Benfiquistas estão de parabéns, acho que os candidatos também estão de parabéns, no sentido em que acabaram por ser eles a criar este estado de benfiquismo, com uma corrida massiva ao voto. É de facto uma situação fantástica. O estádio estava bom, sentia-se que o estádio estava bom desde o princípio. A Equipa B, que é uma equipa de meninos que joga num campeonato de homens contra homens experientes, hoje nós demos uma pequena ajuda ao metermos lá quatro dos nossos jovens jogadores, mas, em comparação com os jovens da equipa B, deram ali um bocadinho de experiência à equipa, uma vitória importante para eles. E depois, também em dia de aniversário do estádio, éramos nós os últimos a estragar a festa, e falámos disso no balneário: para além dos 3 pontos de que nós, obviamente, precisávamos para a classificação, para além dos 3 pontos de que nós precisávamos depois da derrota da passada terça-feira [Newcastle], depois éramos nós que tínhamos em cima o peso dessa responsabilidade de acabar um dia perfeito, ou estragar a festa. Felizmente, o resultado é bom, e agora veremos amanhã [domingo] de manhã se temos fumo branco, ou se temos de esperar mais 15 dias."
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JOGADORES FELIZES
"[Sentiu que a equipa está a entrar no molde que pretende?] Senti, mas durante o jogo tive ali um bocadinho de espaço, um bocadinho mais relaxado, onde dei comigo a pensar: no último jogo, fiz 1 substituição, e hoje, se pudesse, fazia 10, porque há jogos para tudo. Felizmente que o futebol tem disto. O futebol é tão espetacular, que pessoas que não são profissionais de futebol sabem mais de futebol do que quem é profissional de futebol. Isto é a magia do futebol e é aquilo que faz do futebol aquilo que o futebol é. Mas, de facto, eu no último jogo senti que qualquer alteração que eu fizesse não ia melhorar a equipa, e uma coisa é meter o Ivan Lima no Estádio da Luz a ganhar 3-0 ou 4-0, outra coisa é meter o Ivan Lima, só para vos dar um exemplo, em Newcastle a levar 3 e perto de levar 4 ou de levar 5. Há momentos para tudo, hoje foi o momento em que eu, se pudesse tirar 10 jogadores, tirava 10, dava minutos a gente que estava no banco e que merece jogar, descansava gente que merece descansar, mas comecei para aqui a divagar e já me esqueci da pergunta que tu me fizeste… [O molde da equipa à sua imagem] Sim, a equipa jogou bem, a equipa jogou bem. Nós também temos, ou tivemos, uma capacidade que é importante, que é de chorar rapidamente, e rapidamente limpar as lágrimas, entre aspas, e preparar o próximo, e não ficar parado na última derrota, e pensarmos no jogo que podíamos ganhar, porque o jogo de Newcastle, quando o jogo acabou, já não o podíamos ganhar. E começámos a preparar este jogo, tivemos dois bons dias de treino, conhecíamos a equipa do Arouca, conhecemos os pontos em que o Arouca se sente confortável, os pontos em que se sente menos confortável, e apertámos muito com eles. Apertámos muito com eles, recuperámos bola, tivemos bola, jogámos sempre no meio-campo adversário, e, como eu disse aos jogadores ao intervalo, eu olhava para o jogo e via jogadores felizes de estar em campo. Estavam a sentir-se bem a jogar daquela maneira. Hoje, eu acho que qualquer jogador que estivesse em campo ia jogar bem. Portanto, foi uma boa situação para desenvolvermos o modelo. O modelo também depende do adversário, depende do sucesso que nós temos em impor aquilo que queremos impor, ou de nos termos de adaptar àquilo que o adversário nos impõe. Hoje conseguimos impor o nosso jogo de princípio a fim, ali intercalado com alguns minutinhos onde perdemos um bocadinho essa iniciativa, mas também é difícil, até pelo perfil dos jogadores que nós temos, é difícil jogar em alta intensidade 90 minutos. Eu depois, quando mudo, meto o Schjelderup, o Barreiro e o Rego, meto para tentar manter alta esse tipo de pressão, esse tipo de velocidade, após nós conseguirmos recuperar a bola. Depois o Ivanovic, com espaço, movimenta-se bem, ataca bem, ataca bem a profundidade. O Ivan [Lima] também vinha, obviamente, com o desejo, como ele diz, de ser o segundo melhor jogador do bairro da Jamaica, ele diz que é o segundo melhor, que o primeiro é o Rafael Leão, e, pronto, acho que é um dia bonito também para o Lima, que já jogou em Chaves, na Taça [de Portugal], e acho que nem na bola tocou, e hoje joga no Estádio da Luz, 60 mil pessoas, acho que, para um miúdo da Formação, é dia bonito."
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FOCADO NO TRABALHO
"[O que vai fazer quando sair daqui hoje, vai acompanhar as eleições?] Vou trabalhar agora, vou trabalhar com o staff, temos este jogo para analisar, temos o Tondela para analisar, não conheço nada do Tondela, honestamente, preciso mesmo de analisar porque não conheço nada do Tondela, vi um ou outro jogo esporadicamente, mas não analisei, e vamos trabalhar porque amanhã [domingo] temos treino, e queremos estar preparados para poder treinar já direcionados. Relativamente às eleições, mantive-me completamente focado no meu trabalho até hoje, e é aquilo que eu vou fazer sempre, e esperando, obviamente, ou hoje de madrugada, ou daqui a 15 dias, saber quem é o Presidente do Benfica para os próximos 4 anos."
SEM PROBLEMAS NO CENTRO DA DEFESA
"[Quando disse que queria uma equipa a morder mais, foi aquilo que se viu hoje?] Foi, sem dúvida. Pressionámos mais, pressionámos alto, recuperámos muita bola alta, não demos iniciativa ao adversário, controlámos praticamente todas as primeiras bolas e as segundas bolas depois no meio-campo. Gostei, honestamente gostei. [A opção por Tomás Araújo] Eu já disse, acho que foi numa flash interview que eu disse, que nós temos 3 centrais top: 2 jovens, o Tomás [Araújo] e o António [Silva], e o Nico [Otamendi]. E depois temos o 4.º, o 5.º, o 6.º, o 7.º, que temos jovens de grande qualidade. O Joshua [Wynder] a trabalhar já connosco e não longe de ter uma oportunidade, e depois temos mais jovens portugueses, o Gonçalo [Oliveira], depois há outros miúdos mesmo na Equipa B, nos Sub-23, temos centrais de boa qualidade. Desde que eu cheguei, nós fizemos hoje o 8.º jogo, eu penso. Nos outros 7 jogos, o António jogou 7 vezes 90 minutos, e o Tomás jogou 2 jogos de 90. E, para jogadores desta qualidade, eu não posso fazer isto. São dois jogadores que, apesar de serem já grandes jogadores, precisam de jogar, que precisam de minutos, que precisam de confiança. Achei que o Tomás fazia todo o sentido jogar hoje, mas é daquelas posições onde seria preciso um descalabro – ou a nível das lesões ou das suspensões – para nós estarmos em problema. Mas também digo honestamente, não terei problema nenhum em jogar com o Joshua, com o Gonçalo, com algum dos outros jovens da Formação, porque temos bons centrais."