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Futebol feminino
Da ligação ao irmão à saída da terra natal rumo aos Estados Unidos da América, experiência que lhe possibilitou crescer quando ainda era menor de idade, a internacional dinamarquesa Caroline Møller diz-se satisfeita com os primeiros meses de águia ao peito.
30 outubro 2025, 12h07
Caroline Møller
Em entrevista aos meios do Clube, a camisola 10 das águias, que já faturou 1 golo com o Manto Sagrado, deu-se a conhecer aos Benfiquistas.
Recuando ao início da sua vida na modalidade, quais foram os motivos que a levaram a decidir enveredar pelo futebol feminino?
É uma questão profunda, para começar… Porque escolhi o futebol? Penso que terá sido porque o meu irmão mais velho jogava, e depois eu comecei a jogar. Acho que foi assim que tudo começou. Continuei a crescer a pouco e pouco, e aqui estou hoje.
Que idade tinha?
Talvez uns 5/6 anos. Na verdade, não sei bem, mas era nova. Admirava o meu irmão, e foi por isso que continuei.
A paixão nasceu a partir desse momento?
Sim, o meu irmão é 3 anos mais velho do que eu, e ele era muito bom. Ele treinou mesmo com as seleções jovens. Então, eu sempre o admirei e, sim, apaixonei-me pelo futebol desde o começo.
O seu irmão já não joga?
Não, a carreira dele foi curta, foi apenas nas camadas jovens. Infelizmente, ele partiu as pernas duas vezes. A primeira vez foi a esquiar, e a segunda foi a jogar futebol. Ele era mesmo muito bom, do que me lembro.
Jogava em que posição?
Tal como eu, era médio, um número 10.
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"A equipa técnica e o staff estão a fazer um ótimo trabalho connosco. Temos boas condições, sinto-me muito bem aqui no Campus"
Caroline Møller
Começou a jogar no seu país natal, a Dinamarca, e depois tem uma experiência nos Estados Unidos da América. O que nos pode dizer desse período?
Sim, quando tinha 14/15 anos, joguei nos Estados Unidos. Saí de casa para frequentar o ensino secundário nos Estados Unidos. Não sei, queria experimentar. Eu queria mudar um pouco e desafiar-me um pouco fora da Dinamarca.
E foi uma experiência positiva?
Sim, a 100%. Além disso, eu não falava muito bem inglês. Por motivos óbvios, foi bom para aprender o idioma. E também deu para ver como sobrevivia sem a minha família e os meus pais por perto. Com aquela idade, acho que isso me trouxe muitas coisas boas e tornou-me uma pessoa e uma jogadora mais forte.
Depois voltou para a Europa, para a Dinamarca…
Sim, voltei para o Fortuna Hjorring, na Dinamarca, onde joguei 5 anos e fiz minha primeira aparição profissional e os meus primeiros jogos da Liga dos Campeões. Na minha primeira temporada lá, conquistámos a dobradinha no Fortuna. Foi uma primeira temporada muito boa, e acho que foi também quando comecei a pensar: "OK, posso ser jogadora profissional, e é algo do qual eu consigo viver." Por isso, acho que foi na Dinamarca, no Fortuna, que eu realmente me apaixonei de verdade pelo jogo.
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Depois da Dinamarca, seguiu-se o Inter…
Sim, por 1 temporada. Foi uma boa experiência, apesar de ter enfrentado algumas dificuldades, dada a mudança da Dinamarca para outro país. Mas, em termos gerais, consegui jogar bastante. E também era chamada à seleção nacional naquela fase, o que me fez muito bem e me preparou para o meu próximo passo em Madrid, no Real Madrid.
Onde passou 4 épocas…
Sim, foi bom. Adorei cada minuto. Sabe, o Real Madrid é um clube especial, e para mim também. As pessoas do clube tornaram-se muito especiais e aproximaram-se muito de mim. Isso também tornou toda a experiência muito melhor. Aproveitei os meus 4 anos em Madrid, mas também sabia que um dia era hora de tentar algo diferente.
E é aí que surge o Benfica. Como avalia esta nova etapa?
Sim, e tem sido bom. Quer dizer, estou aqui há apenas alguns meses, e é um pouco difícil no começo a adaptação a um novo país. Não é só no campo de futebol, mas também a nível da vida fora dele. É sempre difícil a mudança, mas agora sinto-me muito confortável aqui e estou feliz por poder jogar muito e em algumas grandes partidas na Liga dos Campeões. E estou muito feliz com a equipa, com as companheiras de equipa, equipa técnica e staff.
Quais são os principais objetivos para esta temporada, falando das competições portuguesas e da Liga dos Campeões?
Obviamente, vencer o Campeonato é o nosso principal objetivo, com certeza. E queremos lutar pelas outras duas taças. Na Liga dos Campeões, haverá alguns jogos bons no futuro, jogos emocionantes, jogos importantes. Não tivemos os resultados pretendidos com o Arsenal e com a Juventus, mas penso que estivemos bem. Sinto que, no geral, temos um grupo muito bom, e sinto que podemos fazer grandes coisas juntas como equipa. Sinceramente, estou entusiasmada para ver o que podemos fazer como equipa.
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"O Estádio da Luz é um dos mais icónicos estádios da Europa. Jogar lá foi uma grande experiência"
"O BENFICA É UM GRANDE CLUBE COM MUITA HISTÓRIA"
O que já tinha ouvido falar do Benfica antes de ser jogadora do Clube?
Já tinha ouvido falar do Benfica há muito tempo. É um grande clube com muita história, especialmente no masculino, mas também no feminino, nos últimos anos. Então, obviamente, eu conhecia o Benfica e assisti a muitos jogos da equipa feminina na Liga dos Campeões nos últimos anos. Então, já conhecia o Clube.
Como tem sido a sua relação com as colegas de equipa?
É muito boa. Quer dizer, ainda estou com um pouco de dificuldade com o meu português, mas felizmente elas entendem o meu espanhol. Se for ao contrário, eu não as entendo bem [solta uma gargalhada]. Mas, quer dizer, todas elas falam inglês. Acho que tem sido muito bom. Foram todas muito gentis e prestáveis, e ajudaram a que me integrasse. Estou feliz e gosto muito, muito mesmo, de passar tempo com as restantes jogadoras.
E quanto ao Campeonato português, como o descreve?
É diferente. Venho de outro país, e a cobertura dos jogos da liga portuguesa não é tão grande lá fora. Não assisti a muitos jogos da liga, mas agora, que estou aqui, obviamente ainda há muito para melhorar, mas eu sinto que o Benfica é uma das equipas de topo, e estamos muito bem. Estou feliz, tenho jogado bastante, e é bom.
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Qual é a maior diferença, na sua opinião, entre o Campeonato português e os outros campeonatos em que jogou?
Alguns dos relvados aqui não são bons. E é uma pena, porque muitas das jogadoras aqui têm nível e conseguem praticar bom futebol. Mas às vezes é difícil, quando as condições simplesmente não estão lá para se jogar. Há melhorias a fazer.
Qual a sua opinião sobre as instalações e as condições de treino no Benfica Campus?
Acho que são boas. Acho que o nosso campo e o nosso ginásio são muito bons. E também, especialmente agora, olhando para o nosso relvado mesmo atrás de si, é muito bom. A equipa técnica e o staff estão a fazer um ótimo trabalho connosco. Temos boas condições, há sempre espaço para melhorias, mas sinto-me muito bem e feliz aqui no Campus.
Tem sido fácil adaptar o seu estilo de futebol ao Campeonato português?
Acho que sim. Na última temporada, no Real Madrid, não consegui jogar muito e, obviamente, ganhando muito mais tempo de jogo aqui, estou a começar a sentir-me mais a antiga Caroline, que gosta, por vezes, de arriscar em campo. Gosto de ser criativa e de estar perto das minhas companheiras de equipa em campo. E sinto que tenho companheiras de equipa com quem posso realmente contar, porque elas são boas jogadoras, e gosto de jogar ao lado delas.
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Recentemente, teve a oportunidade de jogar no Estádio da Luz, com o Arsenal. Como se sentiu?
É difícil de explicar. Quem vê futebol sabe que este é um dos estádios mais icónicos da Europa. Foi uma grande experiência. Eu já lá tinha estado antes, quando o dinamarquês Casper Tengstedt jogava no Benfica. Fui visitá-lo uma vez com um amigo. Já tinha estado no estádio, mas pisar o relvado e simplesmente jogar futebol lá foi muito bom. E fiquei feliz por ter a minha família e o meu namorado nas bancadas. Foi uma experiência muito agradável.
Em Lisboa, que lugares já visitou?
Bem, eu moro em Lisboa. Tento passear, mas não sou muito boa em lembrar-me dos sítios onde estive [risos]. É mais o meu namorado, ele é quem me mostra o caminho, e eu simplesmente sigo. Mas, sim, moramos em Lisboa e adoramos. É uma cidade muito bonita. E já sinto que é a minha casa.
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Artigo publicado na edição de 31 de outubro do jornal O Benfica
Texto: Paulo Nunes Teixeira
Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica e arquivo
Última atualização: 30 de outubro de 2025









