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ECO Benfica
16 março 2023, 00h00
Dia Internacional das Florestas e Dia Mundial da Árvore
Segundo um relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em 2022, as florestas cobrem cerca de 4 mil milhões de hectares, quase um terço da litosfera terrestre, estando presentes em todos os climas, com destaque para as zonas tropicais (45%) e boreais (27%). Mais de um terço das florestas (34%) são florestas primárias, onde não há vestígios de atividade humana, enquanto a área de florestas plantadas pelo Homem situa-se nos 7% da área florestal global.
Vários aspetos da nossa vida estão ligados direta ou indiretamente às florestas, os quais nem nos apercebemos. Simples ações diárias como beber um copo de água, escrever num caderno, sentar num banco, tomar um medicamento para baixar a febre, para além de tantas outras tarefas quotidianas, dependem das florestas. Eis alguns factos interessantes sobre as florestas:
As florestas desempenham ainda um papel importante na redução da pobreza, visto que comunidades locais, em todo o mundo dependem diretamente da colheita de produtos florestais, caça e agricultura de subsistência. No entanto, apesar de todos os benefícios económicos, ecológicos, sociais e sanitários que nos fornecem, as florestas estão vulneráveis, seja devido à desflorestação – perda quantitativa de superfície florestada – ou à degradação florestal – perda qualitativa de biodiversidade, estrutura ou função de uma floresta. De acordo com a plataforma Global Forest Watch, os países que mais perderam florestas entre 2001 e 2021 foram Rússia, Brasil, Canadá, EUA e Indonésia, sendo a situação mais preocupante no Brasil e na Indonésia, onde as perdas afetam principalmente as florestas primárias.
Várias ONGs como a Environmental Investigation Agency (EIA) chamam sucessivamente a atenção para as taxas alarmantes de desflorestação das florestas primárias. A globalização levou à exploração comercial das florestas a uma escala sem precedentes, por exemplo, no que toca aos derivados de madeira ou outros produtos florestais. O óleo de palma, extraído da palmeira africana Elaeis guineensis e utilizado em inúmeros produtos do dia a dia, desde alimentos a cosméticos, é um excelente exemplo de como os países produtores continuam a ser palco de má governança florestal, tráfico de produtos florestais e exploração de comunidades locais com violações de direitos humanos.
Uma das causas da desflorestação é a produção de bioenergia, tanto através da queima de biomassa como da produção de biocombustíveis. Embora à primeira vista sejam apresentados como benéficos para a transição climática, os biocombustíveis produzidos a partir de culturas como soja ou palma são responsáveis pela desflorestação na América do Sul, África e Sudeste Asiático, podendo emitir três vezes mais gases efeito de estufa que o diesel fóssil ao considerar a área de plantação necessária para a sua produção, conforme enunciado pela Royal Academy of Engineering neste artigo de 2017, o que por sua vez aumenta o risco de doenças respiratórias e cardíacas, cancro e atraso no desenvolvimento infantil. Por essa razão, a Comissão Europeia decidiu em 2019 que o biodiesel derivado do óleo de palma não é uma fonte sustentável de energia e os seus níveis serão reduzidos a zero até 2030.
Embora a área florestal esteja a diminuir a nível global, o carbono capturado pelas florestas permaneceu estável nos últimos 20 anos, em particular "graças à reflorestação e à melhor gestão florestal". No entanto, a FAO estima que a reflorestação e a expansão natural das florestas durante o período 2015-2020 foram de 5 milhões de hectares por ano, cerca de metade da área florestal destruída todos os anos durante o período homólogo. Além disso, também importa compreender o papel crítico que as árvores mais velhas e gigantes desempenham na manutenção de redes fúngicas, alimentando plântulas mais jovens e armazenando milhões de toneladas de carbono na vegetação e no solo. Como enuncia este artigo da ecologista Suzanne Simard, mesmo com os esforços de reflorestação, "quaisquer árvores que sejam plantadas vão levar centenas, se não milhares, de anos a recuperar esses reservatórios de carbono, e isso está fora do horizonte temporal em que temos de mudar as coisas".
Atualmente, o mundo enfrenta desafios sem precedentes, com as alterações climáticas à cabeça, que ameaçam o bem-estar das pessoas e da natureza e apelam a uma ação imediata para desenvolver soluções inovadoras e criativas que contribuam para a paz e a prosperidade num planeta saudável. Precisamente por isso, o tema escolhido em 2023 é "Florestas e saúde", com o mote "Florestas Saudáveis para Pessoas Saudáveis". As florestas contribuem em grande medida para a nossa saúde e bem-estar, pelo seu papel como sumidouro de carbono, controlo da temperatura, regulação do ciclo da vida, proteção do solo, entre muitos outros já referidos. Cabe-nos por isso zelar pela saúde das florestas, reconhecendo esta interligação direta entre florestas saudáveis e pessoas saudáveis.
Em simultâneo, procura-se abordar temas como I&D baseado na utilização eficiente dos recursos florestais ou a valorização dos serviços dos ecossistemas, e como estes podem contribuir para acelerar a transição para um consumo e uma produção mais sustentáveis. Os recursos florestais, sejam eles de que tipo for, só são verdadeiramente renováveis através de uma gestão sustentável das florestas. Todos estes esforços têm como meta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, como a saúde, o bem-estar e a transição para economias verdes e neutras em carbono.
Relativamente à Floresta Portuguesa, esta tem caraterísticas muito próprias e uma relação secular e bem estabelecida com a sociedade, sendo o sobreiro, o eucalipto e o pinheiro-bravo as espécies mais relevantes. Constituem o principal uso do solo, ocupando mais de 3 milhões de hectares (36% do território nacional). De acordo com o ICNF, ao contrário do que se observava desde 1995, a área florestal aumentou em 60 mil hectares entre 2010 e 2015. Mesmo na cidade de Lisboa, onde o SLB está sediado, é salutar a existência do Parque Florestal de Monsanto, que conta com cerca de 1000 hectares em regime florestal total, e cuja gestão está certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC), a mais importante certificação mundial em matéria de conformidade ambiental das explorações florestais.
O Dia Internacional das Florestas procura aumentar a consciencialização sobre a importância da preservação das florestas e de uma gestão sustentável dos seus recursos para combater as alterações climáticas e para contribuir para o bem-estar das gerações atuais e das gerações futuras. A cada ano, os países são incentivados a organizar atividades (locais, nacionais ou internacionais), como é o caso das campanhas de plantação de árvores. O ECO Benfica incentiva-o a participar nas várias iniciativas agendadas que celebram as Árvores e as Florestas: plantações de árvores, visitar uma floresta, simpósios, exposições de arte, concursos de fotografia, debates, entre muitas outras iniciativas.
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024