Conteúdo Exclusivo para Contas SL Benfica
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Futebol
Futebol Formação
Modalidades
Atividades
Serviços
Eventos
Fãs
Imprensa e Acreditação
Equipamentos
Moda
Papelaria e Ofertas
Garrafeira
Coleções
Novos Sócios
Família
Mais Vantagens
Corporate Club
Eventos
Merchandising
Mais Vantagens
Licenciamento
Patrocínios
Casas do Benfica
Fundação Benfica
Clube
SAD
Instalações
Eco Benfica
Imprensa e Acreditação
Encomenda
Compra Segura
Futebol Feminino
Benfica Campus
Formar à Benfica
Centros de Formação e Treino
Andebol
Voleibol
Basquetebol
Futsal
Hóquei em Patins
Escolas
Desportos de Combate
Bilhar
Natação
Polo Aquático
Ténis Mesa
Triatlo
Apoios Institucionais
Pesca Desportiva
Aniversários
Benfica Seguros
Jornal "O Benfica"
Corrida Benfica
Homem
Acessórios
Informática e Som
Brinquedos e Jogos
Acessórios de casa
Desporto e Lazer
Sugestões
Colheita
Reserva
Executive Seats
Espaços
Casas Benfica 2.0
Contactos
História
Prestação de Contas
Participações em Sociedades Abertas
Ofertas Públicas
Admissão à Negociação de Valores Mobiliários/Ficha
Museu Benfica Cosme Damião
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Futebol
Em entrevista à UEFA, o treinador Bruno Lage mostrou-se orgulhoso por comandar as águias e explicitou os objetivos.
03 novembro 2024, 12h30
Bruno Lage
O orgulho por orientar o Benfica fica igualmente bem patente nas palavras de Bruno Lage, que enaltece o desejo de voltar a conquistar títulos de águia ao peito.
A forma como vive o futebol, as suas experiências, o trabalho, as rotinas e as ambições do Benfica na Liga dos Campeões foram assuntos abordados por Bruno Lage nesta entrevista.
"EQUIPA DE SONHO DE VENCEDORES DA LIGA DOS CAMPEÕES" E "UM CINCO IDEAL"
"Se a memória não me atraiçoa, eu já treinei cinco: quatro da formação do Benfica – Ederson, João Cancelo e Bernardo Silva – e dois no futebol profissional – o Rúben Dias, que também faz parte da formação, e, na presente época, o Di María. Depois, olhando para um cinco ideal, não me posso esquecer do nosso Presidente Rui Costa e do Cristiano Ronaldo. Tenho sete, tenho de escolher cinco… Eu, como sou um treinador de ataque, e até jogo com um guarda-redes que até me marcou aqui golos quando jogava comigo nos Sub-17, começo com o Ederson na baliza, mas também a jogar a defesa-central; Rúben Dias como defesa; o número 10, o Maestro Rui Costa a jogar no meio-campo; e depois dois homens na frente, Cristiano Ronaldo e Di María. Vou optar por estes. Sou treinador de ataque, então vou optar por estes cinco, mas com um enorme orgulho na carreira dos meninos que saíram daqui, que jogaram na equipa principal e que venceram a Liga dos Campeões."
BENFICA EM CINCO PALAVRAS
"Casa – porque foi há 20 anos que entrei no Benfica, que comecei a minha careira, e tenho um sentimento enorme de pertença. Trabalhei no futebol 7, depois com as equipas de Sub-15, Sub-17, Sub-19, Equipa B e Equipa A. Sonho – porque acabei por concretizar todos os meus sonhos profissionais no Benfica. Orgulho – orgulho enorme em pertencer à história do Benfica e a títulos conquistados. "Unum" – porque me identifico muito com o lema do Benfica, o trabalho em equipa, e é nisso que me revejo todos os dias, no trabalho em equipa com o staff, o trabalho que faço em equipa com os jogadores, com a estrutura, e também a relação que nós temos – eu, staff, jogadores, estrutura –com os adeptos. É muito importante, identifico-me muito com o trabalho em equipa. Ambição – acho que é uma palavra que retrata muito aquilo que é a história e a tradição do Clube, aquilo que é a exigência dos nossos adeptos, e também de quem trabalha diariamente no Clube, a esperança de continuar a conquistar títulos para o Benfica."
REGRESSO
"Senti-me com orgulho, com um enorme orgulho. Meses antes, eu tinha dado uma entrevista em que mencionei exatamente esse facto, de sentir que a minha história no Benfica merecia outro fim. E quis o destino que essa oportunidade voltasse a surgir, por isso foi com muito orgulho que recebi o convite, e é com enorme ambição que aqui estou para realmente fazer um fim diferente e voltar a conquistar títulos pelo Benfica."
EXPERIÊNCIAS EM INGLATERRA E NO BRASIL
"Ficaram essas duas experiências tão ricas e tão diferentes. Olhando um pouco agora para trás, acho que foram fundamentais. Até mesmo no crescimento enquanto treinador, aconselho, se houver a oportunidade de ter estas experiências, porque fazem de nós melhores treinadores. Quer a experiência de Inglaterra, pela cultura e pelo contexto, e pelas competições, quer a experiência completamente diferente no Brasil. Como disse, eu tenho essas experiências nesses países, mas, claro, a maior riqueza em termos de crescimento foi em Inglaterra, por várias razões. Até recuo um pouco porque uma das grandes experiências da minha vida foi realmente o Championship, isso deu-me a capacidade de vivenciar pela primeira vez o que é ter uma equipa a competir com jogos a meio da semana. O Championship é um campeonato muito duro e que nos dá essa aprendizagem, de nós percebermos como trabalhar e preparar uma equipa com jogos de três em três dias. E a Premier League, que nos dá uma riqueza enorme pelo facto de estarmos, primeiro, a disputar jogos com 19 treinadores que podiam estar a competir na Champions League, com equipas recheadas de grandes jogadores, e a riqueza tática e estratégica de cada jogo. Por isso, foram duas experiências fantásticas que nos deixam continuar a trabalhar, continuar a evoluir para cada dia sermos mais competentes."
TRABALHO
"Obcecado pelo trabalho e pelo controlo das coisas. A este nível, não sei se obcecado é a palavra certa, mas alguém que quer controlar e que quer ter o maior número de informação possível para depois poder perceber e identificar – naquilo que são os nossos passos de treino com os atletas ou as nossas intervenções diárias com os atletas – que tipo de informações é que eu posso passar para os ajudar a vencer jogos. E, neste sentido, há duas situações nas quais eu quero ter o maior controlo possível. A primeira é na preparação e na evolução da minha equipa, ou seja, eu conhecer muito bem os meus jogadores, o que é que eles podem dar à equipa, de que forma é que eu os posso estimular para eles continuarem a crescer, e que rendimento é que eles podem dar à equipa, fazer a equipa crescer naquilo que eu acho que é a forma que eu mais gosto de ver uma equipa a jogar. E depois, no outro lado, a preparação dos jogos. Conhecer ao detalhe os nossos adversários, como atacam, como defendem, para depois selecionar aquilo que eu acho que tenho de selecionar para ser específico para, a cada momento, a equipa poder estar preparada para competir e vencer os jogos."
ROTINA
"Longe dos treinos, não do futebol. A nossa profissão a isso obriga. Enquanto estive fora, até por opção, recebi alguns convites com os quais eu me senti muito honrado, mas senti que em determinada altura tinha de esperar pelo projeto certo. E assim aconteceu. Um projeto que estimulasse o melhor de mim, que me proporcionasse voltar a colocar uma equipa a jogar o jogo que eu gosto, e, claro, com a ambição de vencer títulos. E, nesse período, estabeleci uma regra – porque já tenho dois meninos [filhos], um com nove, que é o Jaime, e o Manuel com quatro anos – em que durante o fim de semana não haveria futebol, porque a minha concentração e o tempo disponível seria para eles, mas que de segunda a sexta-feira, aí, sim, com eles na escola, eu poderia ter o tempo que eu gosto de ter para fazer diversas coisas. Uma delas é olhar para os jogos que me interessam, que passaram durante o fim de semana, em função do resultado, ou do sistema, ou do treinador, ou de como é que o jogo decorreu, e poder observá-lo durante a semana com mais calma e perceber o que é que se pode ter passado naqueles jogos. São sempre situações muito interessantes. Gosto também de ter algum tempo para olhar para aquilo que foi feito no passado, fundamentalmente à nossa forma de treinar, a exercícios, como é que podemos melhorar. E depois gosto muito de ler e ver documentários sobre aquilo que são dinâmicas de equipa, por isso confesso que vi muitos documentários sobre dinâmicas de equipa de outros desportos, não só do futebol. Acabei por ler muita, muita coisa sobre futebol, sobre estratégia, sobre comunicação, sobre liderança, enfim… Foi um tempo muito bem preenchido, e quando não estamos a trabalhar diretamente no futebol temos de o saber preencher. Uma coisa que também foi interessante foi nós, enquanto equipa técnica, criarmos uma dinâmica de nos encontrarmos mais vezes e podermos discutir situações sobre tudo noutro ambiente, ou a praticar desporto, ou num almoço, onde podemos ter a capacidade de trazer para a mesa assuntos interessantes e poder discuti-los. Isso foi também um momento para nós estarmos mais juntos enquanto equipa técnica."
LIGA DOS CAMPEÕES
"Estamos há um mês à frente da equipa. A equipa tem vindo a crescer naquilo que nós acreditamos que é a forma... não direi que é a certa mas aquela que nós mais gostamos, e que sinto que os nossos adeptos gostam. Por isso, não é num mês que se vai criar uma dinâmica na sua perfeição, mas a nossa ambição para aí caminha, e aquilo que nós pretendemos nesta competição – porque o nosso passado, quer o longínquo, quer o recente, assim o obriga – é pensar em passar à fase seguinte. E esse, neste momento, é o nosso grande objetivo e o nosso grande foco nesta competição."
"O ideal seria nós termos algum tempo entre jogos para poder treinar e preparar melhor a equipa naquilo que eu acho que é o ideal, na forma como eu gosto de ver a equipa e como eu acho que os adeptos gostam de a ver. Mas o facto de a equipa ter vários jogos durante a semana é bom sinal, é sinal que está inserida em todas as competições, e isso, neste momento, é o mais importante, nós termos a capacidade de preparar a equipa para o jogo seguinte. Relativamente a este bom início na Liga dos Campeões, é fruto de muito de trabalho e de muita dedicação de toda a gente. E principalmente do facto de os jogadores interpretarem da melhor forma as duas estratégias, quer o jogo fora com o Estrela Vermelha, quer o jogo com o Atlético de Madrid. Por isso, nós podemos ter a melhor das intenções, preparar-nos da nossa maneira, mas depois o jogo é dos jogadores. Por isso é que eu lhe digo que uma das minhas formas de trabalhar é eu ter o máximo possível de informação e depois, a partir de um determinado momento, perceber muito bem o que é importante passar aos jogadores para eles estarem confortáveis no jogo, para terem informação suficiente e ideal, para poderem estar ao melhor nível, particularmente nestes jogos da Liga dos Campeões."
"O nosso objetivo é olhar para os nossos adversários como temos olhado até aqui, preparar muito bem os jogos, entrar em campo para vencer, e, relativamente à competição, aquilo que nós mais desejamos e ambicionamos, e vamos fazer tudo para que isso aconteça, é a equipa estar na fase seguinte."
INFÂNCIA
"Jogar futebol. Era aquilo que nós fazíamos, era jogar futebol. Sempre que houvesse oportunidade, era jogar futebol. Eu tive uma infância muito feliz, porque praticamente nós dedicávamos o nosso tempo livre a jogar futebol. Com os meus amigos de rua tivemos experiências fantásticas de praticar todos os desportos no nosso 'beco'. Por isso, foi realmente uma infância muito gratificante. E, hoje em dia, uma das grandes diferenças da minha infância para, por exemplo, a dos meus filhos é realmente essa, de termos um espaço onde eles possam, por eles, ter as mesmas experiências que nós tínhamos há 20 ou 30 anos. Eu gostava que os meus filhos tivessem uma vivência no desporto assim. Com o mais velho eu fiz com que ele tivesse dois tipos de experiência: uma no desporto coletivo e uma no desporto individual. Desporto coletivo para conviver, para saber o que é o ambiente coletivo, de pertencer a uma equipa, de ter objetivos comuns com outras pessoas; e o desporto individual para ir à procura, desafiar-se a ele próprio, ter capacidade de superação, enfim... Acho que são duas realidades distintas."
Texto: Redação
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 3 de novembro de 2024