Vantagem na final alcançada nos penáltis 

RESUMO DO JOGO

Neste domingo, 15 de junho, no Pavilhão João Rocha, num dérbi tremendamente bem disputado, referente ao jogo 1 da final do play-off da Liga Placard, o Benfica levou a melhor sobre o Sporting no desempate por grandes penalidades (3-5), na sequência de um empate a quatro bolas (4-4) após prolongamento. Os rivais voltam a medir forças na quinta-feira, 19 de junho, no Pavilhão Fidelidade.

Com Léo Gugiel, André Coelho, Afonso Jesus, Lúcio Rocha e Arthur a comporem o seu cinco inicial, as águias entraram a todo o gás, tendo os disparos de André Coelho (1') e de Arthur (2') sido travados por um par de intervenções apertadas de Bernardo Paçó.

A superioridade encarnada foi traduzida no resultado aos 3'. A partir da sua área, Léo Gugiel esticou para Jacaré, na frente, à esquerda, o qual cabeceou para André Coelho, que, à entrada da área, atirou a contar (0-1).

O Benfica manteve-se mais rematador nos minutos seguintes, mas, gradualmente, o equilíbrio instalou-se no encontro. Assim, à passagem do 10.º minuto, os anfitriões conseguiram alcançar o empate, através de um tiro em posição apertada de Wesley França, que sofreu um ligeiro desvio em André Coelho, na trave e no poste antes de tocar nas redes (1-1).

No minuto seguinte, Léo Gugiel encheu o pé de longe, e Bernardo Paçó defendeu para a frente, deixando a bola à mercê de Raúl Moreira, que, por ser travado irregularmente numa dividida com Zicky na área, não conseguiu finalizar. A equipa de arbitragem reviu o lance com o video support, mas... considerou-o legal.

Após uma fase com menos chegada às balizas, aos 16', Léo Gugiel defendeu um livre de Merlim com o pé, e um remate de Bernardo Paçó foi bloqueado em cima da linha.

Na resposta, Silvestre recolou a formação benfiquista na frente, aos 17'. O ala trabalhou bem sobre Diogo Santos, progrediu pela esquerda e disparou de ângulo reduzido por entre as pernas do guarda-redes (1-2).

Com boas intervenções, Léo Gugiel negou golos a Pauleta (17') e Tomás Paçó (18'), mas a equipa da casa marcou no minuto 19.

Numa reposição lateral, solto de marcação à entrada da área, Zicky rematou à meia-volta para o 2-2. Todavia, antes de este receber o esférico, André Coelho, que marcava o pivô, caiu após ser atingido com uma cotovelada do mesmo. Recorrendo mais uma vez ao video support, a equipa da arbitragem tornou a não decifrar qualquer irregularidade.

Inabaláveis, os comandados de Cassiano Klein reassumiram a dianteira a 20 segundos do descanso. Higor avançou pela direita e, com um cruzamento rasteiro, serviu Chishkala ao segundo poste, o qual encostou para o 2-3.

A correr atrás do prejuízo, o Sporting entrou na 2.ª parte com maior iniciativa ofensiva, tendo Léo Gugiel sacudido uma tentativa de Bernardo Paçó (23') e um livre de Tomás Paçó (26'), e Pauleta errado o alvo por pouco (23'). Higor também testou os reflexos de Bernardo Paçó, aos 24'.

No 27.º minuto, em nova reposição lateral eficaz, Taynan colocou a bola na área, onde Zicky recebeu de peito, girou e rematou em força para o 3-3.

À semelhança do que havia acontecido na metade anterior, a contenda voltou a afastar-se das balizas, até que, aos 37', o Benfica ameaçou com tiros de Arthur e Lúcio Rocha, ambos sustidos por Bernardo Paçó. Por sua vez, Léo Gugiel também defendeu remates de Pauleta e de Rocha, aos 38'.

A 2 segundos do fim do tempo regulamentar, Léo Gugiel enviou um livre ao poste.

Assim, o duelo seguiu mesmo para prolongamento, onde os verdes e brancos foram os primeiros a criar perigo, com um desvio de Zicky para o poste (41').

Todavia, numa brilhante jogada individual de Carlos Monteiro, foi a formação vermelha e branca que marcou. No minuto 42, o ala recebeu a bola na esquerda, serpenteou entre Taynan e Sokolov e, já na área, bateu Bernardo Paçó (3-4).

O último golo de bola corrida surgiu dois minutos depois. Diogo Santos aproveitou uma bola solta na frente, fletiu para dentro e Zicky completou com uma finalização certeira (4-4).

Até ao final da 1.ª parte, Lúcio Rocha ainda fez o esférico sobrevoar a trave por pouco (44'), e Léo Gugiel anulou iniciativas de Zicky (45') e Pauleta (45').

Já o 2.º tempo do prolongamento foi dominado pelas águias, que criaram múltiplas ocasiões para marcar: Carlos Monteiro atirou ligeiramente ao lado de uma baliza deserta (47'), Lúcio Rocha estremeceu o poste (49') e Bernardo Paçó defendeu remates de Silvestre (48'), de Lúcio Rocha (50') e de Léo Gugiel (50'), bem como um livre direto sem barreira de André Coelho (50').

Deste modo, foi mesmo necessário recorrer ao desempate por grandes penalidades para encontrar o vencedor. Nesta etapa, os comandados de Cassiano Klein evidenciaram pontaria afinada, já que André Coelho, Afonso Jesus, Higor, Jacaré e Diego Nunes converteram os 5 pontapés encarnados. Na frente contrária, Tomás Paçó, Diogo Santos e Wesley França marcaram, enquanto Taynan atirou ao lado. Resultado: 3-5 para as águias.

Com este desfecho, o Benfica recebe o Sporting no jogo 2 – às 17h30 de quinta-feira, 19 de junho, no Pavilhão Fidelidade – em vantagem na final do play-off da Liga Placard.

DECLARAÇÕES

Cassiano Klein (treinador do Benfica): "Foi um jogo incrível. Acredito que as duas equipas mereciam. Foram milímetros. Competimos muito bem. Lutámos muito bem. A equipa do Sporting é uma equipa muito desafiante. Enfim, é um Campeonato. Temos ainda alguns jogos pela frente e temos de recuperar, porque temos outro capítulo daqui a uns dias. [Equilíbrio no resultado] É sempre uma margem muito curta. No futsal, às vezes, dois, três golos não é algo tão estrondoso. Imagine um golo. Mas vejo que a parte emocional das duas equipas funcionou muito bem, porque as duas equipas buscaram o jogo. Em nenhum momento teve uma discrepância. Claro que, num jogo desta magnitude, a nossa equipa oscila um pouco. O Sporting cresce. A seguir crescemos nós… Agora, temos de estudar e procurar aprender com este jogo, que se vai repetir e os detalhes fazem muita diferença. [Importância da vantagem na final] É um confronto muito igual, e qualquer pequena vantagem é excelente. Esta vantagem vai até ao próximo jogo. Temos no nosso pavilhão um jogo duríssimo diante dos nossos adeptos. Agradecemos muito pelo apoio de quem estava aqui e quem estava em casa a apoiar-nos, porque vamos precisar muito dessa sinergia nesses duelos."

André Coelho (fixo do Benfica): "Primeiro, agradecer a esta moldura benfiquista que veio. É o melhor jogo de futsal do mundo, não há palavras. O que as pessoas viram hoje foi um jogo espetacular. Do começo até ao fim, cinco faltas para ambas as equipas. Intensidade, golo cá, golo lá. Estão todos de parabéns, nós e o Sporting, que fez um grande jogo. Mas foi só o primeiro, não ganhámos nada. Temos vantagem de 1-0. Agora, quinta-feira, queremos dar outra resposta positiva. [A importância de um dérbi] Tive muitas saudades destes dérbis. Vivi-os com muita intensidade também lá [em Espanha], porque deixa saudades. Qualquer amante do desporto tem de assistir a um jogo destes ao vivo. Dizia lá, em Espanha, digo aqui, 'todo o mundo devia assistir a um Sporting-Benfica em futsal', porque realmente é o melhor jogo que existe. Mas está feito, está fechado e agora é descansar. [Vantagem na final] É importante. Ainda para mais, o Sporting tem o fator casa, portanto conseguimos reverter esta situação. Mas nada está ganho. Não vale de nada ganharmos hoje se na quinta-feira não voltamos a ganhar. Portanto, o nosso foco agora é descansar. Vamos ter três dias para descansar, para preparar. O Sporting é das melhores equipas do mundo, vai criar-nos muitas dificuldades, e nós lá estaremos na Luz prontos para tentar ganhar outra vez."